Novas ações de combate ao Aedes aegypti são apresentadas aos municípios

EVENTO
09 de junho de 2017

Prefeitos e secretários municipais cearenses devem participar, na próxima segunda-feira (12), do lançamento de novas ações de combate ao mosquito Aedes a serem desenvolvidas pelo Governo do Estado do Ceará. Dentre elas, uma premiação para os municípios com os melhores resultados no enfrentamento às arboviroses, que será lançada pelo governador Camilo Santana. O evento acontecerá, a partir das 9h, no Centro de Eventos, contando com a presença do presidente da Aprece, Gadyel Gonçalves, que reforça a importância da participação de todos os gestores cearenses nessa luta contra o mosquito.

"As doenças transmitidas pelo Aedes estão maltratando nossa população. É preciso a união de esforços para superar o desafio da alta infestação do mosquito e o consequente agravamento no número de casos das enfermidades transmitidas, especialmente a Chikungunya. Nesse sentido, as ações implantadas pelo Estado devem ser abraçadas pelas administrações municipais com comprometimento total”, afirma Gadyel Gonçalves.  

A campanha Todos Contra o Mosquito, do Governo do Ceará, desenvolve ações permanentes com esse objetivo. O Estado também conta com o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Zika e Chikungunya, criado em 2015, pelo governador. A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) tem divulgado boletim semanal com a atualização de informações sobre arboviroses. O último foi divulgado na sexta-feira (dia 9 de junho) com a atualização de casos notificados e óbitos. Um total de 131 municípios cearenses receberam cartas de alerta da Secretaria sobre risco de epidemia em relação às arboviroses, 92 encaminharam plano emergencial para combate ao mosquito.

Cenários epidemiológicos

Com a circulação endêmica de três arbovírus, dengue, chikungunya e zika, novos cenários epidemiológicos são identificados no Ceará em 2017. Nesse cenário, a Sesa diminuiu a periodicidade do boletim de arboviroses de mensal para semanal, alertando para que o processo de vigilância (notificação, investigação e análise do perfil epidemiológico e principais áreas acometidas), o manejo clínico adequado do paciente e ações de controle vetorial sejam intensificadas pelos gestores e profissionais de saúde.

Entre as ações que cabem aos municípios, de acordo com o Plano Estadual de Vigilância e Controle das Arboviroses 2017/2018, está a inclusão de casos suspeitos de arboviroses no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O cenário de cada município é avaliado e, a depender do caso, pode contar com medidas como visita técnica da equipe da Sesa e monitoramento do plano de ação para o combate ao mosquito. Ao enviar cartas de alerta aos municípios sob risco de epidemia, a Secretaria cobra a elaboração de plano emergencial de enfrentamento às arboviroses.

Dados epidemiológicos

Doença nova no Ceará, a chikungunya registra casos desde 2014 no Estado, por isso a população ainda é muito suscetível. Em 2016 houve transmissão sustentada da doença no Ceará, com 31.482 casos confirmados em 139 municípios. Este ano, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado, foram confirmados 20.515 casos até a semana epidemiológica 21, com 14 óbitos em consequência da doença.

“É uma doença nova no Ceará, com manifestações clínicas atípicas, e é preciso fazer o profissional pensar em chikungunya diante de casos suspeitos”, diz a médica Tânia Coelho, infectologista do Hospital São José, unidade da rede pública de saúde do Ceará.

Arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, da febre chikungunya, da zika e da febre amarela. A classificação arbovírus engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes, classificação de insetos e aracnídeos como mosquitos, carrapatos e aranhas. A cada ano, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo são infectadas e mais de um milhão morrem por doenças transmitidas por mosquitos, moscas, carrapatos e outros vetores.

São doenças que não passam diretamente de uma pessoa para outra, transmitidas geralmente por insetos, responsáveis pela veiculação biológica de parasitas e microrganismos ao homem e animais domésticos. No Brasil, inúmeras doenças são transmitidas por vetores, com destaque para dengue, malária, doença de Chagas e leishmaniose.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado (Sesa)

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