Mesmo após ter realizado uma reforma ministerial para garantir a fidelidade e o apoio da base aliada no Congresso, o governo foi novamente derrotado, nesta quarta-feira (7), pela Câmara dos Deputados ao não conseguir assegurar a quantidade mínima de 257 deputados para iniciar a votação dos vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos com grande impacto fiscal nas contas públicas.
Em plena quarta, dia de maior movimento no Congresso, a sessão foi encerrada com a presença de 223 deputados e 68 senadores, às 13h18min. Na terça, o quórum foi de 196 deputados e 54 senadores. Minutos após o encerramento da sessão conjunta, a sessão da Câmara foi aberta e com a presença de 428 deputados na Casa.
A votação dos vetos era considerada pelo Palácio do Planalto como a primeira prova de fidelidade da base após a última reforma ministerial, que cedeu sete ministérios ao maior partido da base aliada, o PMDB, e contemplou outros, como o PDT. No entanto, líderes de partidos da base aliada que não se sentiram contemplados com a reforma ministerial se rebelaram para esvaziar a sessão.
Esta foi a terceira vez que o Congresso tentou se reunir para analisar os vetos que ainda estão na pauta do Congresso. A primeira tentativa, na semana passada, foi barrada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, contrariado com o presidente do Senado, Renan Calheiros, por não ter um pedido atendido marcou seguidas sessões plenárias, o que inviabilizou o início da sessão conjunta.
Fonte: CNM