O Ministério da Saúde irá destinar cerca de R$ 260 milhões aos Municípios e DF para Ações de Apoio à Gestação e Puerpério Saudáveis. Essa medida, publicada na Portaria nº 2.222/GM/MS, de 25 de agosto de 2020, visa fortalecer o cuidado adequado às gestantes e puérperas em todos os pontos de atenção da rede de saúde, no contexto da pandemia de coronavírus, com ações estratégicas como: Identificação precoce, o acompanhamento e o monitoramento de gestantes e puérperas com síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave ou com suspeita ou confirmação de covid-19; Qualificação das ações ao pré-natal, parto e puerpério; e Suporte ao distanciamento social para gestantes e puérperas que não possuam condições para realização de isolamento domiciliar.
As ações trazem diferentes incentivos financeiros para que o gestores e profissionais da saúde organizem os serviços. Terá repasse adicional aos municípios e DF por cada gestante e puérpera com cadastro atualizado na Atenção Primária à Saúde (APS). Isso quer dizer que o Município recebe mais também a cada nova gestante que passa a ser acompanhada no pré-natal.
Outro incentivo (R$ 800,00) é para as equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes de Atenção Primária (eaP) que possuam gestante cadastrada em qualquer idade gestacional, a fim de apoiar ações de cuidado de gestantes e puérperas cobertas pela Atenção Primária.
Além disso, irá repassar recurso adicional de até R$ 7.280,00 por cada mulher grávida ou puérpera para apoiar o distanciamento social. O incentivo poderá ser utilizado pelos gestores municipais, de modo a serem providenciados aspectos como a acomodação, o suporte, e o cuidado seguros às gestantes e puérperas identificadas pelas equipes de saúde, a fim de apoiar ações de distanciamento social e cuidado de gestantes e puérperas em ambiente intradomiciliar.
Organizar o ambiente dos serviços de saúde para um melhor fluxo de acolhimento seguro no pré-natal, parto e puerpério também está entre as ações, assim como um incentivo financeiro (R$ 10.000,00) e temporário para Casas de Gestante, Bebê e Puérpera em funcionamento, tudo para viabilizar isolamento e distanciamento social de gestantes e puérperas quando for adequado.
As gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, são classificadas como grupo de risco tanto para a Covid-19 quanto para o vírus da gripe. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser rigorosos e contínuos, independentemente do histórico clínico das pacientes.
No atual cenário da pandemia da Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde defende que todos os pacientes que requerem cuidados especiais, como as pacientes gestantes, procurem avaliação médica periódica. Cabe ao profissional de saúde habilitado acompanhar a gestação no pré-natal e orientar o tratamento ideal. Todas as pessoas que apresentarem sintomas devem procurar o serviço de saúde mais próximo.
Prevenção
A prevenção da Covid-19 em gestantes e puérperas baseia-se em isolamentos de casos confirmados e distanciamento social para os contatos, uso de máscaras e práticas de higiene, incluindo etiqueta respiratória e lavagem correta das mãos com água e sabão ou álcool 70%.
As práticas de higiene e a correta utilização das máscaras e demais equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser observadas. Para prevenção da Covid-19 deve ser reforçado que as gestantes e seus acompanhantes respeitem o uso constante de máscara, redobrem os cuidados de higiene e mantenham o distanciamento recomendado em todos os locais de atendimento (pré-natal, UBS , pronto-socorro, enfermaria etc.).
Para os profissionais da saúde, além da higiene das mãos, a pasta recomenda a proteção com máscara cirúrgica dentro do ambiente assistencial e hospitalar; N95/PFF2 em momentos de maior risco de produção de aerossóis, e proteção dos olhos com óculos protetores ou face shields (protetor facial) quando em procedimentos.
O Ministério da Saúde também irá disponibilizar, nesta semana, o Manual de Recomendações para a Assistência da Gestante e Puérpera para orientar profissionais de saúde no manejo às gestantes e puérperas durante a pandemia, além constituir diretrizes para pacientes obstétricas. Considerando as especificidades do organismo materno, a publicação mostra formas de diagnóstico da Covid-19 em diferentes fases e o tratamento mais apropriado, além de chamar atenção para a morbidade materna e perinatal decorrente da doença, diagnosticando-a oportunamente, evitando, por fim, a mortalidade materna e perinatal.
O manual foi confeccionado pelo grupo técnico do Ministério da Saúde com a participação dos mais importantes especialistas da área e de renomadas universidades brasileiras. Isso reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a gestão técnica e científica, trazendo médicos e demais especialistas para as discussões a respeito do enfrentamento da pandemia.
Confira a apresentação da coletiva aqui.
Fonte: Ministério da Saúde