A saúde cearense vai receber investimento extra de R$ 600 milhões para a implantação da Plataforma de Modernização da Saúde, Plano de Modernização da Saúde. O pacote foi anunciado, na manhã desta segunda-feira (19), pelo governador Camilo Santana e o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, durante solenidade no Palácio da Abolição, em Fortaleza. A solenidade contou com a presença de gestores e técnicos de diversos municípios cearenses, além de autoridades e integrantes de órgãos parceiros. A Aprece foi representada no evento pelo prefeito de Chorozinho, Francisco de Castro Júnior, membro da diretoria da entidade.

A Plataforma contará com medidas que visam melhorar o atendimento, com a adoção de uma postura institucional mais humanizada e o investimento na qualificação profissional. Os projetos procuram fortalecer o vínculo entre o usuário do sistema público de saúde e o profissional. Foi anunciada, ainda, a construção do Hospital Universitário da Universidade Estadual do Ceará (Uece), que abrigará o Hospital César Cals.

O Plano de Atenção Básica, medida presente no Plano de Modernização, terá como foco o investimento no atendimento primário nos postos de saúde. Outra proposta apresenta é a formação da Rede de Saúde Integrada, através da implantação do Registro Eletrônico de Saúde no Ceará com o apoio das secretarias municipais.

Uma das medidas já implementadas do pacote é o IntegraSUS, uma plataforma virtual que possibilita o cidadão ter acesso aos índices de desempenho da saúde, com indicadores hospitalares e administrativo-financeiro.

Melhorias

O novo modelo de gestão adotado pelo Ceará já foi implementado em Portugal. No estado, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) com a implementação do sistema já apresentou redução do tempo médio de permanência na emergência, de 16 dias, em janeiro de 2019, para 8 dias em julho de 2019.

“O Estado se estruturou na sua rede física e agora lançamos a Plataforma de Modernização da Saúde com integração da rede, missões e metas municipais estaduais e federais. Estamos anunciando uma série de investimento para toda essa plataforma. Tudo isso vai demandar um investimento de R$ 600 milhões já garantidos. Isso precisa ser pactuado com os municípios, profissionais de saúde, sociedade civil, entidades de classe, iniciativa privada. O grande objetivo dessa plataforma é garantir à população um acesso mais rápido, qualidade no serviço e inclusive o acompanhamento pós-atendimento”, destacou Camilo Santana.

Durante a solenidade de lançamento da plataforma, o governador assinou alguns termos que irão garantir as principais ações daqui para frente, como o que cria a nova estrutura da Secretaria de Saúde e a mensagem que será enviada para a Assembleia Legislativa propondo a lei de criação das Agências Regionais de Saúde. Camilo Santana lançou ainda a seleção de cargos de Liderança da Saúde através Programa de Atração de Talentos do Governo do Ceará.

“A ideia é criar uma carreira para o profissional de saúde do Estado, além de melhorar a qualificação profissional através da Escola de Saúde Pública, inclusive municipal. Nesse primeiro momento, vamos fazer uma seleção pública temporária para os equipamentos do Estado até que a gente defina através dessa discussão qual o melhor modelo para contratação. Estamos vendo experiências nacionais e internacionais e a partir daí cada vez mais valorizar o profissional de saúde”, disse o governador.

Algumas ações elencadas como importantes para esse ganho de qualidade na saúde já iniciaram, de acordo com o secretário da Saúde. Dr. Cabeto informou que o processo de qualificação profissional, de informatização e comunicação entre as unidades já estão em andamento. Ele acredita que todo esse planejamento só terá êxito se os diversos agentes envolvidos no processo participarem de forma efetiva.

“Nós temos aí algumas ações que são contínuas, que vão de 2019 até 2023, com seus passos muito estudados e estruturados para que a gente possa ter a resposta e para que a população possa acompanhar tudo aquilo que nós estamos estruturando e que ela possa ser parceira no processo. Não dá para pensar em um sistema de saúde que não se comunica, não dialoga e não pactua”, pontuou Cabeto.

Fonte: Governo do Estado e Diário do Nordeste