O Papel da Gestão Pública na Prevenção ao Suicídio e à Automutilação. Esse foi o tema da Quinta com Debate, veiculada no canal Aprece Ceará no YouTube, no último dia 9 de setembro. A live semanal da entidade contou com a participação de convidados especiais que discutiram sobre os caminhos para se enfrentar o autoextermínio e a automutilação, considerando a intersetorialidade e a integralidade das ações em âmbito municipal; entre outros assuntos inerentes à essa problemática.
De acordo com o Fórum de Segurança Pública, em 2020, mais de 12 mil pessoas tiram a própria, quadro este agravado pelo contexto do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. O tema foi escolhido, em alusão ao Setembro Amarelo, campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.
Participaram dessa Quinta com Debate especial: o Vice-presidente da Aprece e Prefeito de Várzea Alegre, José Helder de Carvalho; o Promotor de Justiça e Coordenador do Programa Vidas Preservadas do MPCE, Hugo Porto; e a Presidente da Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), Sônia Fortaleza. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, teve um imprevisto e não pôde comparecer ao debate.
O representante da Aprece iniciou a Live dando boas-vindas e agradecendo a participação de todos na discussão desse tema considerado complexo, uma vez que o suicídio afeta indivíduos de diferentes classes sociais, idades e origens. “O tema deve ser amplamente debatido e seu enfrentamento exige esforços conjuntos, pois além de ser uma tragédia familiar é uma questão de saúde pública”, pontuou José Helder.
Nesse contexto, o trabalho preventivo é fundamental para superação dos números que o Brasil registra e principalmente dos agravos sofridos pelas famílias que vivenciam essa situação. Durante o debate, Hugo Porto falou sobre o Programa Vidas Preservadas e sua importância para o fortalecimento das políticas públicas de prevenção ao suicídio. De acordo com o promotor de Justiça, a iniciativa, que já conta com a participação de 116 dos 184 municípios cearenses, é uma ação de articulação com parceiros. “Para se enfrentar um problema é preciso aprofundar o conhecimento sobre todas as suas nuances, daí a importância de envolver parceiros como a Aprece, a APDMCE, a academia, o voluntariado, o poder constituído, as associações civis, enfim, todos que tem trabalhar para dar visibilidade ao suicídio e trabalhar conjuntamente no seu combate”, afirmou frisando que os números atuais são preocupantes, o que demanda o envolvimento maior e mais efetivo do poder público.
A presidente da APDMCE falou sobre a necessidade de avançar em políticas nas quais a intersetorialidade aconteça de fato, de modo que todos programem juntos as ações, pensando a partir da dimensão da integralidade do cuidado, de modo que cada área (Saúde, Educação, Assistência, Gestão etc) possa participar e contribuir com o combate ao suicídio e à automutilação. Sônia Fortaleza também falou sobre a experiência intersetorial no Programa Vidas Preservadas, ressaltando a importância da iniciativa.
Confira a Quinta com Debate na íntegra:
Por Coordenadoria de Comunicação e Marketing (COMAK/Aprece)