Ações, principalmente, na orla oeste da Cidade e na implantação do Parque Rachel de Queiroz serão financiadas com o empréstimo do Banco Internacional para Reconstrução de Desenvolvimento (Bird), o Banco Mundial, à Prefeitura de Fortaleza. O recurso de US$ 73,3 milhões (R$ 232,24 milhões pela cotação de ontem) foi aprovado pela instituição financeira no último dia 28 e aguarda agora por liberação do Senado Federal — que deve ocorrer até 2018. É o primeiro financiamento do Banco Mundial para a Prefeitura.
Intitulado Projeto de Desenvolvimento Urbano Sustentável de Fortaleza, o plano terá coordenação da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). O investimento total é de US$ 146,6 milhões. Metade é de contrapartida do Município. A previsão é de que seja executado em seis anos, até 2024. Algumas das ações já estão em curso.
“O projeto tem ações que serão realizadas em toda a Cidade, como o Fortaleza Online (prestação de serviço ao cidadão) e as células de controle da poluição, que são estruturantes e vão melhorar a qualidade de vida da população. Mas há também as ações que são especificamente em áreas de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo, em grandes adensamentos caracterizados como de baixa renda”, aponta Águeda Muniz, titular da Seuma.
No caso da denominada Bacia Vertente Marinha, especialmente no que condiz a bairros como São Cristóvão, Pirambu e Barra do Ceará, na Regional I, as ações visam à melhoria da balneabilidade da orla oeste, passando dos atuais 20% de pontos balneáveis para 80%. “O projeto agirá nas interligações em domicílios que têm esgotos clandestinos. E para isso a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) também está sendo acionada”, indica a secretaria, salientando que se trata, pois, de parceria entre Município e Estado. O plano prevê também fiscalização de imóveis, captação de drenagem em tempo seco na área e a recuperação de recursos hídricos e de um Plano Diretor em Drenagem para Fortaleza.
Parque
Criado por decreto em 2014, o Parque Rachel de Queiroz se estende oficialmente por 200 hectares, 10 quilômetros, e em 14 bairros. Em três anos, no entanto, dos 19 projetos apresentados, só foram implantados dois trechos — o Bosque do Bem (com projeto de adoção pela iniciativa privada) e a área da Lagoa do Alagadiço e do Polo de Lazer da Sargento Hermínio (com recurso público). A gestora garante que um terceiro trecho no bairro São Gerardo terá implantação iniciada ainda este ano.
Os demais pontos devem ser garantidos com recursos do empréstimo do Bird. “O principal é manter a linearidade do parque”, afirma Águeda. Outras áreas, como o rio Cocó e a Praia do Futuro, também podem ser beneficiadas com ações diretas, por meio da identificação de Operações Urbanas Consorciadas.