Caixa anuncia medidas para evitar aglomerações no pagamento do auxílio de R$ 600

CORONAVÍRUS
02 de maio de 2020

A Caixa Econômica Federal, por meio de seu presidente, Pedro Guimarães, anunciou nesta sexta-feira (1º) uma série de medidas para tentar resolver o problema. Haverá reforço de funcionários e de horário de atendimentos e o aplicativo Caixa Tem, que permite movimentar os recursos por meio eletrônico, passará por aperfeiçoamentos.

O pagamento da segunda parcela do Auxílio Emergencial terá um cronograma que não coincidirá com o do Bolsa Família. As datas ainda precisam ser discutidas com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e com o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Guimarães, muitas pessoas vão às agências da Caixa em busca de informação, e não para sacar recursos. Querem ajuda para baixar o aplicativo ou então para retirar os benefícios em espécie fora da data estabelecida pelo banco. “Ninguém me contou. Eu vi”, disse.

O banco passará a distribuir senhas diferentes para quem for requerer o auxílio e aqueles que vão simplesmente pedir informação. Além disso, os efetivos serão reforçados. Mais 500 recepcionistas reforçarão o quadro de 389 que já estão em atuação. A Caixa anunciou a contratação de 2 mil vigilantes para ajudar a organizar as filas – dentro e fora das agências. Outros 3 mil funcionários, que estavam trabalhando de casa, vão atender nas agências.

Mil e seiscentas agências têm abertura antecipada em duas horas diariamente. Neste sábado (2), 900 agências vão abrir de 8h até 14h. Quem nasceu em setembro e outubro já vai poder sacar o benefício, esse saque estava previsto para segunda, dia 4. O saque para quem nasceu em novembro e dezembro está mantido para terça, 5 de maio.

Para combater a falta de informação, a Caixa está se articulando com prefeituras. Carros de som com spots informativos vão circular em 500 cidades. Também serão distribuídos folhetos com orientações. Cinco caminhões da Caixa vão fazer atendimentos em cidades do Norte e Nordeste – uma semana em cada cidade. A Caixa pretende passar a distribuir senhas para organizar o atendimento.

Segundo Guimarães, 26 milhões de pessoas que se cadastraram foram consideradas inelegíveis, por não atenderem aos requisitos da lei. Ou seja, não vão receber o benefício. A informação é dada pelo próprio aplicativo. Esse é o tipo de problema que não pode ser resolvido na agência. Há um segundo grupo, de 12 milhões de requerentes, cujos pedidos de cadastramento foram inconclusivos. Esses estão sendo informados que podem se recadastrar no sistema.

A Caixa ainda não anunciou o calendário da segunda parcela do auxílio de R$ 600, mas o presidente do banco adiantou que os pagamentos devem começar na semana que vem. E que já está decidido que as datas serão organizadas de maneira diferente – trabalhadores informais, autônomos e inscritos no Cadastro Único vão receber em datas diferentes dos beneficiários do Bolsa Família.

Pedro Guimarães disse que filas nas agências são inevitáveis: “não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em três semanas e não existir fila. Isso não existe e não vou prometer o que é impossível. O que nós faremos é mitigar, reduzir as filas. É algo inevitável: pagar 50 milhões de pessoas e não ter fila, não existe”.

Até agora o governo pagou o benefício para 50 milhões de pessoas. Entre os cadastrados no aplicativo ou no site, 20 milhões já foram aprovados e estão recebendo, 12 milhões tiveram o benefício negado por não estarem de acordo com as regras e outros 12 milhões ainda estão com o cadastro em análise.

 

Fonte: Valor Econômico, com informações do G1

 

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