Ceará está em situação de alerta para epidemia de dengue

DENGUE
13 de março de 2015

Com 1.195 casos confirmados da doença em 54 municípios em 2015, e uma morte já registrada, o Ceará está em situação de alerta para a ocorrência de epidemia, de acordo com o Ministério da Saúde. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) divulgado nesta quinta-feira (12), em Brasília, mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias e 877 estão em alerta. Fortaleza também é uma das capitais em alerta, segundo o Ministério.

O índice utilizado no LIRAa leva em consideração a percentagem de casas visitadas com larvas do mosquito Aedes aegypti. Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito; e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de residências com larvas do mosquito.

No total, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano, um aumento de 26,38% em relação aos participantes de 2014. No ano passado, 1.459 municípios fizeram a pesquisa no mesmo período do ano.  Segundo o Ministério da Saúde, até 7 de março foram registrados 224,1 mil casos da doença no país, aumento de 162% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 85.401 ocorrências.

Segundo o ministro Arthur Chioro, 15 minutos são suficientes para que as famílias façam uma vistoria em casa e elimine qualquer situação que possa acumular água parada, servindo de criadouro do mosquito. “São medidas simples, como tampar caixas-d’água, retirar pratos de vasos de plantas, limpar calhas, lavar vasilha de água de animais, entre outros recipientes de estocagem de água”, disse.

Alerta

São 18 as capitais que apresentaram índice de alerta – Fortaleza (CE), Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), , Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

A região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue (171); seguido do Sudeste (54); Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17).

Recursos

Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Deste total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais.

Controle

Para controlar a proliferação do mosquito que transmite a dengue e a febre Chikungunya, a orientação dos especialistas é manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.

Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d'água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do mosquito.

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