Ceará mantém vacinação contra Covid-19 de adolescentes sem comorbidades

SAÚDE
16 de setembro de 2021

Os adolescentes entre 12 e 17 anos do Ceará que não têm comorbidade vão continuar sendo vacinados contra Covid-19 no Ceará. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (16) em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-CE), que reúne secretarias municipais e governo do estado.

Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde publicou uma nota informativa em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Contudo, a decisão estadual é a se não acatar a orientação ministerial.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que a Pasta e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems-CE) apoiam o posicionamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) de cobrar posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a autorização de uso do imunizante Pfizer no público entre 12 e 17 anos com ou sem comorbidade.

O órgão estadual também reiterou que a Nota de Recomendação de Suspensão da vacinação de adolescentes emitida pelo Ministério da Saúde foi baseada em uma decisão unilateral. Os órgãos solicitam uma discussão pactuada do assunto em Comissão Intergestora Tripartite (CIT) entre União, estados e municípios.

Sem registros de eventos adversos

O Ceará já vacinou 196.83 adolescentes, sem registros de eventos adversos pós-vacinação (EAPVs) graves. A Sesa reforça o entendimento que a imunização desse grupo é fundamental para as metas de diminuição de circulação viral e consequentemente abrandamento dos efeitos da pandemia e prosseguimento do plano de retomada das atividades econômicas no Ceará.

Posicionamento da Aprece

A Aprece mantém diálogo constante com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE) e com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), acatando e concordando com o que foi decidido sobre a vacinação dos adolescentes cearenses. “As reações adversas apontadas como justificativa pelo Ministério são pequenas, quase imperceptíveis, e nem se comparam ao risco de uma contaminação por Covid-19. Devemos continuar a imunização no Ceará como está. O que realmente precisamos é ter um volume maior de vacinas no Brasil”, afirmou o consultor da Aprece, Nilson Diniz, que é médico.

Com informações do G1CE e do Diário do Nordeste

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