A Aprece, representada por seu presidente interino, Evanildo Simão, lidera grupo de prefeitos cearenses, nesta quarta-feira (5), durante a Mobilização Municipalista Permanente em busca de mais recursos para as prefeituras que enfrentam uma crise sem precedentes este ano. A iniciativa é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com amplo apoio das entidades regionais.

O evento em Brasília reúne prefeitos de todas as regiões do país para pressionar o governo federal e o Congresso Nacional em favor da aprovação das matérias de interesse dos municípios.

O ato acontece após a grande mobilização que os prefeitos de todo o Ceará realizaram, com a paralização das atividades em 121 prefeituras, no último dia 31 de julho, em protesto contra o não cumprimento do aumento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) acordado pela União. Pioneira no País, a mobilização cearense contou com uma série de atividades em todas as regiões do Estado no intuito de esclarecer a população e os veículos de comunicação sobre as dificuldades enfrentadas atualmente pelos municípios, levando em conta a grande disparidade entre as obrigações de cada entre federado e os recursos disponíveis para cada um deles.  

Mobilização Permanente

Durante o ato desta quarta-feira em Brasília, o presidente em exercício da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Glademir Aroldi, agradeceu aos prefeitos e demais gestores que lotam o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Ele confirmou que a CNM e as entidades estaduais serão recebidas pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República, Michel Temer. Segundo Aroldi, o tema da reunião com Temer são os Restos a Pagar e o repasse feito pela metade do repasse extra do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

“Isso não resolve nosso problema, mas é uma questão de honra com o municipalismo brasileiro. Não é possível que o acordo firmado pelo governo seja descumprido”, ponderou o presidente da CNM. Para ele, este é ponto pacífico. “Se precisar mobilizar setembro, outubro, novembro e dezembro, nós vamos estar aqui. Até porque está Mobilização é permanente. Nós estamos unidos e não vamos arredar o pé. Nós vamos dizer que não conseguimos mais manter os serviços essenciais dos nossos Municípios. Vamos parar até sermos ouvidos. E se for preciso vamos sim entregar programa federal pro governo”, completou Aroldi.

Pacto Federativo

A reforma do pacto federativo também será cobrada nesta Mobilização. Aroldi lembrou que inúmeras propostas foram acatadas nas comissões especiais da Câmara e do Senado. “Hoje vamos monitorar isso”, reforçou.

Prosseguimentos

O ato público que uniu gestores de todo o país teve inicio na manhã desta quarta-feira, 5, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, seguido de uma caminhada em direção à Praça dos Três Poderes. Na programação da tarde, acontece uma reunião com a Comissão Especial do Pacto Federativo com a presença de parlamentares. Em seguida, está agendado um encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer.