CNM trabalha para levar ao Senado emenda que inclui Municípios na Reforma da Previdência

MOBILIZAÇÃO NACIONAL
11 de julho de 2019

Em mobilização para incluir os Municípios na Reforma da Previdência, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no início da tarde desta quarta-feira, 10 de julho. A entidade articula uma segunda via para incluir os Entes municipais nas novas regras por meio de emenda no plenário do Senado.

Após a reunião, Aroldi informou que o presidente Alcolumbre se comprometeu a pautar o tema. “Estamos confiantes de que temos espaço para incluir os Municípios na reforma quando ela chegar no Senado”, avaliou, destacando que há acordo com os presidentes das duas Casas legislativas. O encontro foi agendado com apoio da prefeita de Pedra Branca do Amapari (AP), Beth Pelaes.

No mesmo horário em que ocorria a reunião na residência oficial do Senado, o presidente de honra da CNM, Paulo Ziulkoski, articulava com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes o andamento da proposta. Diante da dificuldade de avançar na votação entre deputados, foi construído o acordo para que a reinclusão dos Municípios no texto ocorra quando a PEC da Reforma da Previdência estiver em análise já no Senado.

Assim, como o texto deve ser modificado após apreciação da Câmara, a medida voltaria para os deputados na forma de uma outra PEC. Isso para não afetar o andamento da reforma. Segundo Ziulkoski a proposta é subdividir a emenda – separando a inclusão de Estados e Municípios em artigos diferentes. “Porque quando voltar para a Câmara, há resistência dos governadores. Temos de trabalhar separado porque assim teremos maior viabilidade”, explicou.

A entidade destaca ainda que é preciso mobilizar senadores de cada Estado. A orientação é para, durante o recesso parlamentar, todos os prefeitos junto com entidades se reunirem com os senadores para pedir apoio à proposta.

Se a mudança for acatada pelo Congresso, os 2.108 entes locais com Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) se juntariam aos 3.460 que seguem o Regime Geral na adoção das novas regras para aposentadorias, que estão contemplados na reforma. Segundo cálculos da CNM, a medida reduzirá custos previdenciários em até R$ 41 bilhões em 4 anos, e R$ 170 bilhões em uma década.

Contexto
Com a nova estratégia, também foi acordada a retirada do destaque feito pela liderança do partido Novo. Emenda da sigla acrescentava os Estados e Municípios no texto, mas enfrentava forte resistência da Câmara, o que poderia adiar a votação da reforma.

Desde terça-feira, 9 de julho, o movimento municipalista busca apoio para levar o tema ao plenário da Câmara dos Deputados. Com união, o grupo conseguiu mais do que o número mínimo – 52 assinaturas – para protocolar duas emendas que incluíam os Municípios no texto. Uma via partido Novo e outra – exclusiva sobre Entes municipais – por meio do deputado Ronaldo Santini (PTB-RS).

Antes, houve ainda articulação do movimento municipalista para que o tema permanecesse no relatório da PEC na comissão especial da Câmara que analisou o tema. Mas o relator Samuel Moreira (PSDB-SC) a alterou.

Diversos gestores, entre prefeitos e presidentes de estaduais, estiveram mobilizados em Brasília nesta semana para apoiar a causa. Confira os principais momentos da mobilização em fotos aqui.

Fonte: CNM.

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