Em tempos de pandemia do novo coronavírus, o programa Criança Feliz teve que se adaptar para manter o atendimento às famílias vulneráveis. E as ferramentas digitais se tornaram parceiras dos visitadores. Agora, eles desenvolvem as atividades e enviam via celular para que os pais ou responsáveis apliquem com as crianças. Também orientam e tiram dúvidas das famílias.
Em todo o país, 2.933 fazem parte do programa, segundo o Ministério da Cidadania. O município de Pacajá (PA) é uma das cidades onde o atendimento do Criança Feliz mudou para se adaptar à nova realidade e se manter ativo. São cinco visitadores que acompanham 150 famílias e passaram a fazer parte das atividades à distância.
A secretária de assistência social de Pacajá, Polyanna Loch, disse que o acompanhamento remoto começou por ligações e grupos de Wathsapp e agora conta com mais opções.
“Estamos criando vídeos educativos, mandando materiais para as casas das famílias, devidamente higienizados, para que eles possam reproduzir com as crianças as atividades que os visitadores estão propondo. A tecnologia tem ajudado a nos aproximarmos das famílias, não deixá-las descobertas do acompanhamento tão necessário, principalmente nesse momento onde temos as vulnerabilidades sociais agravadas”, explicou Polyanna Loch
Além das atividades oferecidas para o desenvolvimento infantil e familiar, os visitadores orientam sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Nos casos em que as famílias não têm celular ou acesso à internet, os agentes continuam fazendo as visitas nas residências. E tomam todos os cuidados com o uso de equipamentos de proteção como máscara, luva, touca e capa. Também tem garantido o transporte para que não precisem ter contato com outras pessoas no transporte público.
“Essas famílias não ficam privadas do acompanhamento. As visitas domiciliares continuam ser feitas em caráter emergencial tomando todos os cuidados. O município fez a aquisição dos equipamentos de proteção individual. As atividades são realizadas na residência num espaço da casa que seja arejado e é levada máscara para os membros da família”, disse a secretária de assistência social de Pacajá.
Criança Feliz
O Criança Feliz atende gestantes, crianças de até três anos inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças, considerando sua família e seu contexto de vida. O programa é focado em visitas domiciliares para orientar as famílias sobre o melhor desenvolvimento na primeira infância. Integra ações nas áreas da saúde, assistência social, educação, justiça, cultura e direitos humanos.
Para participar, o município deve ter pelo menos um Centro de Referência de Assistência Social e ter, no mínimo, 140 pessoas que atendam os critérios para participação no programa.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Criança Feliz alcançou a marca de 70% de adesão ativa de municípios no Brasil. São 2.933 em um universo de 4.146 que podem integrar a iniciativa do Governo Federal. O Nordeste é a região que registra maior percentual de adesões, 94%, e número absoluto de cidades participantes, 1.628. Em seguida aparecem o Norte (84%) e o Centro Oeste (64,15%).
Fonte : Ministério da Cidadania