A Secretaria de Educação Superior (Sesu) é responsável por um dos lançamentos do Ministério da Educação (MEC) que mais repercutiram em 2019: o Future-se. Para o ano que se aproxima, a ideia é avançar no desenvolvimento do projeto, com a tramitação no Congresso Nacional.
“O futuro já chegou e 2020 será o ano de consolidação do Future-se” é a frase que resume a principal perspectiva do titular da secretaria, Arnaldo Lima, para 2020. O Future-se, avalia, vai permitir que o mundo acadêmico mostre suas ações positivas. “Temos certeza que sairemos todos vencedores com uma educação de mais qualidade e que não olhe só para o mundo acadêmico, mas também para as oportunidades de empreendedorismo, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação”, disse.
O programa busca o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais por meio do fomento ao empreendedorismo e à captação de recursos próprios.
Confira essas e outras perspectivas da Sesu para o ano de 2020 nesta entrevista especial com o secretário.
2020 é o ano do Future-se?
O futuro já chegou e 2020 promete. Será um ano de consolidação do Future-se, que a gente lançou em julho. Ele vai ser fortalecido por meio da comunicação. Vamos poder mostrar as várias ações positivas que acontecem nas universidades e institutos federais. O mundo acadêmico se comunica para si só e o objetivo é ter uma comunicação que mostre o quanto de ações positivas as nossas instituições de ensino geram para a sociedade. Como palco de políticas públicas, desenvolvimento social e econômico.
Temos certeza que sairemos todos vencedores com uma educação de mais qualidade e que não olhe só para o mundo acadêmico, mas também para as oportunidades de empreendedorismo, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. Para mostrar que a qualidade na nossa educação pode ser tipo exportação.
O que o Future-se vai propor para 2020?
Acima de tudo, reduzir as iniquidades que existem hoje no planejamento orçamentário. Existem universidades nas grandes metrópoles que ganham muito mais que as menores, principalmente as do Norte e Nordeste. Nós já começamos a fazer essa correção com a liberação extra de R$ 125 milhões. Nosso foco será o aumento da eficiência. Já existem recursos, mas a gente precisa melhorar a governança para ter melhores resultados.
Quais os principais obstáculos para a aprovação do Future-se?
Obstáculos sempre são assimetrias de informação. Com uma comunicação mais proativa, mostraremos todos os frutos positivos para as instituições, que são patrimônio da nossa sociedade brasileira. A gente quer focar no futuro, quer focar na qualidade, no resultado. Tenho certeza que, com o tempo, a gente vai mobilizar. O exemplo arrasta. Com a implantação de várias das nossas ideias, o Future-se vai ser um sucesso como a gente sempre acreditou.
O Future-se é o carro-chefe da Sesu?
É o carro chefe da Sesu e acho até que é o carro-chefe do governo. Porque é um programa não só educacional. É um programa de desenvolvimento. Não existe país que se desenvolveu sem uma educação de qualidade. A partir do momento que a gente pode expandir a qualidade, respeitando as restrições orçamentárias, tenho certeza que pode ser um carro-chefe para nossa sociedade.
Acho que já deixamos um legado. Colocamos a educação no centro do debate do desenvolvimento. O que não era feito desde os anos 1960. Mas também acho que vários outros programas poderão surgir em 2020.
E o orçamento para 2020?
2020 será ainda melhor. Um ano de crescimento econômico traduzido em mais receitas. Tendo mais receitas, teremos mais previsibilidade para a execução orçamentária. Em 2019, tivemos 100% do orçamento liberado. E, para 2020, nós garantimos um orçamento tão bom quanto o de 2019.
A ideia é que, com o Future-se, a gente tenha receitas adicionais de caráter privado. Aproximando as instituições federais de ensino superior ao setor produtivo que garante o aumento das nossas taxas de sucesso, de concluintes e, ao mesmo tempo também aumenta a empregabilidade dos nossos alunos.
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Fonte: MEC.