Todo bebê que nasce no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), da rede pública do Governo do Ceará, antes da alta, tem acesso à realização da Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), popularmente conhecida como o Teste da Orelhinha. O exame é feito em seus três estágios, desde a avaliação mais simples até o teste mais detalhado, o que permite um diagnóstico mais completo referente à audição do recém-nascido.
A primeira etapa é a Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT), exame mais simplificado que determina se a criança possui a audição preservada em uma banda de frequência específica, que são as quatro faixas de frequências responsáveis pela interpretação da linguagem. Já a segunda etapa é a Emissões Otoacústicas de Distorção (EOAEPD), que assim como a primeira avalia também a parte periférica da audição. E, por fim, a terceira etapa, que é chamada de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico Baixo (BERA), responsável pela avaliação central da audição.
A importância da realização completa da avaliação auditiva possibilita que os possíveis problemas atuais e futuros sejam detectados. Nos casos em que os bebês apresentam falhas no exame, são referenciados para o Centro de Saúde Auditiva do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), também da rede pública do Governo do Ceará, que disponibiliza o tratamento para crianças com alguma perda auditiva.
O número de exames realizados em 2016 aumentou, quando comparado com 2015. Ao todo, 9.443 triagens auditivas no ano passado e 9.360, no ano anterior. Lara explica que, como todos os recém-nascidos passam pela triagem, o aumento do número de exames vai depender da quantidade de bebês nascidos no hospital. Desde 2010, o Teste da Orelhinha é realizado no Hospital César Cals, ano em que a Lei 12.303 de 2 de agosto de 2010 entrou em vigor, quando tornou obrigatória a realização do exame gratuitamente nos hospitais e maternidades.
Com informações do Governo do Estado.