Internos do sistema penitenciário são beneficiados com aulas de violão

BENEFÍCIO
20 de agosto de 2015

Por meio da música, 45 internos do sistema penitenciário encontraram uma nova chance de seguir em frente. Nesta semana, eles serão certificados pelo projeto Acordes para a Vida, que oferece aulas de violão dentro da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II) e da Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba. A entrega dos certificados acontece em evento realizado nesta quinta, às 14h, na Penitenciária de Pacatuba e conta com a presença do secretário da Justiça e Cidadania, Hélio Leitão, e do secretário de Cultura do Estado, Guilherme Sampaio.

Esta é a primeira turma a ser certificada no sistema prisional cearense. O projeto, que funciona desde o início de 2015, ainda certificará novos alunos neste semestre. As aulas acontecem durante a semana e os alunos recebem apostilas com as partituras musicais para o estudo, orientado pelos professores.

O projeto, que é gerenciado pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe), da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) busca, além de ensinar os internos a tocar violão, incentivá-los a usar a música como exercício para a mente. É o que comenta a coordenadora da Cispe, Cristiane Gadelha. "Sabemos que a música tem o poder de trazer paz para as pessoas e é essa paz que buscamos oferecer para cada aluno. É a partir de uma mente tranquila que a transformação começa", explica ela.

Usar a música como oportunidade para a vida após o encarceramento também é um dos benefícios do projeto. Cléber Santana, que é egresso do sistema prisional, hoje ministra as aulas de violão ofertadas pelo projeto dentro da CPPL II. "A música é capaz de trazer a sensação de liberdade, mesmo estando privado dela. Quando estive preso aqui, era por meio do violão que me sentia mais tranquilo e hoje eu uso ele para ensinar outras pessoas a como seguir um caminho diferente", destaca Cléber.

A Sejus acredita que é preciso procurar cada vez mais atividades relacionadas à arte e à cultura para ajudar no processo de socialização dos internos e esse tem sido um dos principais esforços da Cispe. "A coordenadoria busca dar acesso à música, à leitura e a outras áreas que muitos deles não têm acesso. Nós acreditamos que apresentando para eles esse novo mundo, muitos se identificarão e vão despertar, acordar para uma nova vida", pontua Cristiane.

Informações e foto: Sejus

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