ODS 6 propõe acesso à água potável e saneamento

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
13 de junho de 2017

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015 composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. O ODS 6 tem como meta principal garantir o direito humano à água potável e ao saneamento básico. Órgãos governamentais em todo o mundo verificaram que o acesso à água e ao saneamento está diretamente ligado a questões importantes como redução da pobreza, melhoria da saúde e segurança alimentar. Além disso, a oferta dos serviços favorece o crescimento econômico das cidades.

Quando o saneamento básico não existe ou é precário, a saúde pública é afetada, uma vez que são recorrentes casos de doenças transmitidas pela água não tratada, por exemplo. Os reflexos negativos também aparecem no meio ambiente, com a contaminação do solo, rios e outras fontes de água para abastecimento.

Desse modo, o ODS busca chamar a atenção das autoridades globais a respeito da necessidade de acesso à água potável e saneamento em todo o mundo. Para que essa meta seja cumprida, há um conjunto de itens que devem ser levados em conta. Entre eles, a melhoria da qualidade da água ofertada, o aumento da eficiência do recurso em todos os setores, o que inclui o uso sustentável da água, e ainda a proteção ou restauração dos ecossistemas existentes.

Brasil

Conhecido pelas suas amplas bacias hidrográficas, o Brasil é um dos países com mais abundância em água doce. Porém, esse privilégio não exclui o país de enfrentar problemas relacionados à gestão e alcance desse recurso.

A temática tem sido abordada pelo governo federal por meio de seus ministérios nos últimos anos, e ficou ainda mais forte recentemente. Um exemplo é o Ministério das Cidades, que repassa aos Municípios recursos para desenvolvimento de políticas de saneamento básico.

Outras pastas, como o Ministério do Meio Ambiente, também oferecem suporte financeiro para iniciativas de acesso à água potável, especialmente para pessoas em situação de extrema pobreza na região do semiárido brasileiro. Destaque para o programa Água Doce, que pretende implantar políticas permanentes ligadas ao tema.

A falta de chuvas agrava ainda mais o cenário na região Nordeste do país, que abriga os Estados de: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Além do clima, marcado pelas altas temperaturas, os Municípios localizados nessa área enfrentam problemas ligados à seca. Isso porque os rios que abastecem a região desaparecem por longos períodos.

Entraves municipais

Fornecer água própria para o consumo humano e saneamento básico estão entre as atribuições dos governos municipais. No entanto, os desafios que essa prestação de serviço representa podem variar bastante, especialmente entre as zonas rurais e urbanas.

Nas zonas urbanas, a principal dificuldade é a falta de acesso a esses serviços em assentamentos irregulares, preços altos, falta de controle do uso da água e as perdas por parte dos concessionários privados. Por outro lado, nas zonas rurais, a água pode ser gratuita, mas é possível que as pessoas tenham de vencer longas distâncias até chegarem na fonte, realidade latente nas zonas de maior escassez.

Também está no rol de competências municipais a promoção de ações em Saúde e Educação sobre o uso consciente da água. E ainda, o incentivo à participação social para o planejamento e implantação de políticas públicas no setor. O item está presente em uma das submetas do ODS 6, que trata justamente de engajar a comunidade local.

Contudo, a maior parte dos Municípios brasileiros esbarra na falta de recursos para desenvolver essas ações preventivas. Outro ponto destacado pela CNM é que, para acessar as verbas federais ou mesmo firmar convênios, o Ente local precisa dispor de uma equipe técnica completa, realidade que não se verifica principalmente nas cidades de pequeno porte.

Fonte: CNM

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