Escolas públicas do Semiárido de nove estados do país receberão até 2016, 5 mil cisternas para captação de água da chuva. A ação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) vai repassar R$ 69 milhões para as obras, incluindo além da construção das cisternas, a implantação de bomba elétrica e a compra de filtros de barro para utilização e tratamento da água coletada. Do total de cisternas, 725 atenderão a escolas do Ceará e 300 serão construídas em comunidades quilombolas e indígenas.

A escola municipal Furtado Leite, na comunidade Pereiros, no município de Nova Russas, Região do Sertão do Ceará, recebeu a primeira das 5 mil cisternas que serão construídas em escolas públicas rurais do Semiárido até 2016.

De acordo com a coordenadora da escola Furtado Leite, Margarida Lopes de Souza, conta que, antes da cisterna, a situação era grave e anteriormente era feito o impossível para ter água na caixa e não suspender as aulas. Segundo Margarisa, agora a escola está preparada para conviver com a estiagem.

A cisterna escolar é construída nos mesmos moldes das cisternas de água para consumo familiar. São feitas com placas de cimento, e tem capacidade maior de armazenagem (52 mil litros), podendo garantir o acesso à água por oito meses (contando 20 dias de aula por mês).

A construção das cisternas nas escolas também prevê a capacitação de gestores e professores para a gestão da água captada e armazenada. A finalidade é orientar os profissionais sobre o desígnio daquela água coletada, sobre a importância da educação alimentar e nutricional e temas de convivência com o semiárido junto às crianças. Serão realizados encontros com instituições como prefeituras, associações e igrejas para selecionar as escolas que serão atendidas.