Universidade Aberta do SUS está com matrículas abertas para curso sobre Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas

ENSINO À DISTÂNCIA
18 de abril de 2018

Profissionais de saúde interessados em participar do novo curso “Atenção Integral à Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas” tem até abril de 2019 para realizarem suas inscrições. O curso que é gratuito e na modalidade de ensino a distância foi lançado pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e está sendo oferecido pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Fiocruz Mato Grosso do Sul.

O curso foi validado pela Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, por meio do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social (SGEP/DAGEP) e pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), ambas do Ministério da Saúde. A oferta tem por objetivo adequar as competências dos profissionais de saúde que atuam nestas áreas, qualificando o cuidado à saúde dessas populações.

Motivado pela necessidade de qualificar os profissionais de saúde que assistem essas populações, o curso promove a reflexão sobre a qualidade do serviço desenvolvido e visa ampliar as competências necessárias para que a atenção à saúde seja universal, integral, centrada nas necessidades e especificidades das pessoas, respeitando a competência cultural dos indivíduos e comunidades dessas categorias.

Com carga horária de 60 horas, as quatro unidades do curso tratam da diversidade das populações do campo, da floresta e das águas; da gestão do cuidado por ciclo de vida e vulnerabilidade, além dos agravos de maior prevalência e, por fim, a atenção às situações de risco à saúde dessas pessoas.

A capacitação foi elaborada por profissionais especialistas em Saúde Rural e os conteúdos apresentam os riscos ocupacionais e ambientais das diferentes populações, quer sejam ribeirinhas, do agreste nordestino, dentre outras. “É muito rica a seção que traz as informações sobre agrotóxicos e a correlação com aumento de incidência de câncer, além das intoxicações por agrotóxicos, tanto crônicas como agudas; o risco de acidentes com animais peçonhentos, dentre outros temas”, explica a coordenadora pedagógica do curso Leika Geniole. Outro tema abordado é a utilização de plantas medicinais, os efeitos adversos e interação com medicações alopáticas.

Para Geniole, a formação dos profissionais de saúde, em geral, não os prepara para cuidar das pessoas com essas particularidades, “portanto, faz-se necessário uma complementação à formação acadêmica para a prática do cuidado à saúde”, pontua.

Para dinamizar o conhecimento, são utilizadas situações problemas, atividades interativas e vídeos que apresentam diferentes realidades dos territórios, a forma como os profissionais de saúde se reinventam para o exercício da promoção da saúde, da prevenção de doenças e recuperação da saúde das pessoas nessas localidades.

A POLÍTICA

A atenção à saúde das populações do campo, da floresta e das águas ganhou destaque após a instituição da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta em 2011, pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 2.866, em 02 de dezembro de 2011. O Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/SGEP/MS) é responsável pela implementação e monitoramento da referida Política.

Em 2014, a Política teve uma nova redação, por meio da Portaria nº 2.311, de 23 de outubro de 2014, com a inclusão do termo “águas”, com o objetivo de promover a saúde das populações do campo, da floresta e das águas por meio de ações e iniciativas que reconheçam as especificidades de gênero, geração, raça/cor, etnia e orientação sexual.

A Política e seu II Plano Operativo (2017-2019), por meio da Resolução nº 27, de 28 de setembro de 2017, destaca, ainda, o acesso aos serviços de saúde, à redução de riscos e agravos à saúde decorrente dos processos de trabalho e das tecnologias agrícolas e a melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida.

Por fim, após a publicação da Portaria de Consolidação Nº 2, de 28 de setembro de 2017, todas as políticas de promoção de equidade em saúde foram consolidadas às normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde.

Com informações do Ministério da Saúde.