O grupo que representa os países emergentes como forma de se contrapor às potências, integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está reunido nesta terça-feira, 15, no Centro de Eventos do Ceará. A VI Reunião de Cúpula do BRICS tem como assuntos centrais a implementação do banco de desenvolvimento do Brics e a criação do Arranjo Contingente de Reservas. O tema proposto pelo Brasil é "Crescimento inclusivo, soluções sustentáveis".
A Cúpula de Fortaleza permitirá aos BRICS mostrar os avanços já alcançados, e dar sequência às discussões com vistas à realização do amplo potencial do grupo. Desde a primeira Cúpula, em 2009, o BRICS tem consolidado seu papel como uma força positiva para a democratização das relações internacionais e para o aprimoramento das instituições de governança internacional existentes. Além disso, o BRICS também tem construído uma sólida parceria, com iniciativas de cooperação entre seus membros em mais de 30 áreas distintas.
Após almoço de trabalho, os líderes irão participar de uma cerimônia de assinatura de atos resultantes da reunião. Às 15 horas acontece a Sessão Plenária da VI Cúpula e, às 16h30, o encerramento da agenda com uma apresentação cultural. Além da presidente Dilma Rousseff, estão em Fortaleza os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, Xi Jinping, da China, Jacob Zuma, da África do Sul e o primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi.
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A ideia do Brics foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países fundadores representou 65% da expansão do PIB mundial. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.