Apesar da seca enfrentada no Estado, as quatro estações de pisciculturas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), administradas pela Coordenadoria Estadual do Ceará (Cest/CE), obtiveram destaque na produção e distribuição de filhote de peixe em 2014. As estações do Complexo Castanhão (Nova Jaguaribara), Pedro Azevedo (Icó), Osmar Fontenele (Sobral) e Amanari (Maranguape) produziram 23.449.850 espécimes para repovoamento de 66 açudes públicos e coleções de água do Estado, totalizando a distribuição de 23.236.650 alevinos, o nome técnico para esse tipo de filhote de peixe.

Os números, apesar de sofrerem a influência da estiagem, correspondem a mais que o dobro da expectativa inicial gerada pelos técnicos do setor de piscicultura do órgão para o ano passado. Entretanto, o engenheiro agrônomo e chefe do setor técnico de aquicultura da Cest/CE, Vicente Giffoni, ressaltou que a produção poderia ter sido ainda maior se não fosse a baixa pluviosidade ocorrida no Ceará.

Dados satisfatórios

Os peixamentos realizados nos açudes públicos e privados também obtiveram montantes satisfatórios. Durante os doze meses de 2014, foram realizados 339 povoamentos e repovoamentos, inclusive, em viveiros do interior cearense. “Apesar da seca que persiste no Estado, os números podem ser considerados muito bons”, afirmou Giffoni.

Outro dado importante foi a disponibilização de orientações técnicas aos pescadores atendidos pelas Estações de Piscicultura. Ao longo de 2014, 733 assistências foram realizadas nessas regiões.

Previsão

De acordo com o engenheiro agrônomo, a previsão é de que os números ainda sejam significativos mesmo com os prognósticos negativos do órgão de meteorologia. Giffoni salientou que as estações do Complexo Castanhão e Pedro Azevedo podem manter o nível de produção por possuírem volumes de água satisfatórios. Atualmente, dois reservatórios apresentam 1.669.144.064 (24,91%) e 37.447.650 (56,41%) metros cúbicos, respectivamente, de suas capacidades totais.

Fonte: O Estado