Audiência pública discute produção de queijo artesanal no Ceará

15 de dezembro de 2021

A Assembleia Legislativa do Ceará, por meio da sua Comissão de Agropecuária, realizou, na manhã da última terça-feira (14), audiência pública que debateu com entidades públicas e privadas a produção de queijo artesanal com selo de exportação, além da melhoria genética e subsídios para a ração do rebanho leiteiro. A Aprece foi representada, na oportunidade, por seu diretor de Relações Institucionais, Expedito José do Nascimento.

O deputado Leonardo Pinheiro (Progressistas), que propôs o debate, disse que a audiência era uma oportunidade para reunir os órgãos competentes que podem colaborar para o fortalecimento da cultura do leite e produção de queijos artesanais. “Podemos e precisamos contribuir para fortalecer essa cadeia produtiva, pois nossos antepassados já produziam queijo há 450 anos, ou seja, é algo tradicional do nosso povo. Se apoiarmos esses pequenos produtores, impulsionaremos nossa cultura e economia”, justificou.

Já o deputado Carlos Felipe elogiou o trabalho do colega deputado no apoio à cultura produtora de queijo  no Estado. “O deputado Leonardo garantiu a presença aqui de especialistas, produtores e órgãos competentes para trabalhar junto e fomentar essa produção, aprimorando-a para agregar cada vez mais qualidade”, elogiou.

Presidente da Frente Parlamentar de Desenvolvimento do Sertão Central e Médio Jaguaribe, o vereador de Banabuiú Gilson Fernandes sugeriu que a Assembleia, juntamente ao Governo do Estado, pense formas de como colaborar com o sustento da alimentação do gado produtor de leite. “O preço do leite baixou, prejudicando os produtores e dificultando o processo de agregação de valor ao queijo, por exemplo. Precisamos de cabeças pensantes que apresentem estratégias para esse problema, pois, colaborando com os produtores, ajudaremos a gerar renda e emprego”, apontou.

A presidente da Agência de Defesa da Agropecuária do Estado (Adagri), Vilma Freire, ressaltou o trabalho da agência hoje no apoio aos pequenos produtores, principalmente em relação ao selo Arte. “A Faec, Fetraece e Adace vêm sendo nossos parceiros ao levar informação e prestar consultoria para esses pequenos produtores que têm boas receitas e não sabiam como registrar seus produtos pelos órgãos fiscalizadores. Não só fazemos o trabalho de fiscalizar, mas é do nosso interesse possibilitar esSes registros para contribuir com o trabalho da produção de queijo no nosso Estado”, salientou.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), José Amilcar de Araújo, o Ceará precisa da união de produtores, órgãos ligados à agricultura e comerciantes para fortalecer a cadeia produtiva do leite. “A pecuária de leite no Ceará emprega cerca de 83 mil produtores e produz 785 milhões de litros de leite por ano. Temos mais de 400 queijeiras que não são regularizadas e precisam da ajuda dos órgãos, além da parceria dos comerciantes para vender esses produtos”, diagnosticou.

Representando a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce),  José Bartolomeu destacou alguns dos programas desenvolvidos pelo órgão de apoio aos produtores. “Vivemos seis anos de seca e ainda assim o Ceará se tornou o segundo maior produtor de leite do Nordeste. Isso foi possível graças aos programas implementados que contribuíram com o trabalho de pequenos produtores, como o melhoramento genético, montagem de reservas estratégicas de alimentação para animais, programa hora de plantar, pois estamos conscientes que somente na base da enxada não dá, temos que usar de tecnologia”, defendeu.

Fonte: Assembleia Legislativa do Ceará

 

 

 

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