A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lançou nesta terça-feira (7), no Rio de Janeiro, a Coleção Ensaios Brasileiros Contemporâneos. Inicialmente, serão quatro volumes: Cidades, Música, Problemas de Gênero e Indisciplinares. Essas obras também serão lançadas em São Paulo, no dia 9 de fevereiro.
Com a publicação desse trabalho, a Funarte visa contribuir para a formação e/ou consolidação do público leitor de textos críticos. Para isso, a coleção pretende oferecer uma imagem da produção ensaística contemporânea brasileira em seus campos de saber, propiciando tanto uma avaliação do valor da produção quanto o acesso a um amplo quadro de questões contemporâneas do País.
Além desses quatro livros, a Coleção terá outros cinco volumes: Artes Visuais, Filosofia, Literatura, Política e Psicanálise (estes ainda sem data de lançamento), totalizando cerca de quatro mil páginas, quase 300 autores, 28 editores, além de consultores contratados para o trabalho de pesquisa, seleção e apresentação.
Sinopses das obras
CIDADES – Reúne ensaios sobre a cidade brasileira considerada em sua ampla diversidade e não se restringe a textos contemporâneos, já que a análise das cidades pressupõe o que foi dito sobre elas muito tempo antes. Sobretudo, não pretende dar conta de todas as cidades brasileiras, mas de várias delas sob o olhar de intelectuais e de sujeitos que protagonizam processos em curso. A seleção para esta antologia se definiu não apenas por recortes regionais, mas também por recortes temáticos.
MÚSICA – Procura ampliar a análise da música popular brasileira para além da tríade samba carioca da época de ouro, bossa nova e tropicalismo. Nessa perspectiva, o foco vai para a exuberante e espantosa diversidade da música produzida no Brasil por todas as classes e em todo o território nacional, forjando gêneros e subgêneros novos que não deixam quase nenhum espaço para sínteses totalizantes ou perspectivas hegemônicas.
PROBLEMAS DE GÊNERO – Nesta obra, devido à imensa abrangência do tema, as organizadoras optaram por selecionar textos que mostrassem a plasticidade do machismo na cultura brasileira, que, somado às discriminações de cor, classe, renda e origem, vão se remodelando, dando formas a velhas opressões.
INDISCIPLINARES – Reúne textos de diversos temas valendo-se do gênero ensaio como forma de abordagem que não se enquadra em classificações disciplinares com textos que, seja por tema ou por estilo, recusam vínculos a um campo institucional específico.
FONTE: Ministério da Cultura.