O Brasil é para todos. O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Cidadania lançaram nesta quarta-feira, 18 de dezembro, o Projeto Sinais. A iniciativa vai oferecer oficinas de cultura, esporte, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e cidadania para pessoas com deficiência auditiva, inseridas nos programas de transferência de renda do governo.
Com implementação já em 2020, o Sinais é destinado a crianças a partir de seis anos, adolescentes, adultos e idosos. O objetivo é assegurar desenvolvimento, autonomia e integração da pessoa surda, por meio de políticas públicas de inclusão social, especialmente àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
A cerimônia de lançamento foi realizada na sede do Ministério da Cidadania, em Brasília. O ministro substituto da Educação, Antonio Paulo Vogel, afirmou que a pasta vai atuar com “empenho e esforço” na causa. “Nossas iniciativas em prol das pessoas surdas serão fortes e melhores. Nós vamos apoiar em todos os aspectos esse público que é tão importante para nós”, disse.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, frisou que a iniciativa é um exemplo do que pode ser feito quando se trabalha em conjunto. “A linguagem Libras deve ser valorizada e respeitada. Sonho com o dia em que o surdo não se sinta mais estrangeiro na sua própria nação”, discursou.
Para o ministro da Cidadania, Osmar Terra, o programa é o melhor exemplo de promoção e de melhoria de qualidade de vida dos deficientes auditivos. “A prática das atividades esportivas e culturais adaptadas vai fazer toda a diferença na vida dessas pessoas”, afirmou.
O MEC vai fazer a seleção dos profissionais que vão atuar no projeto. “Não basta o professor ser especializado em educação física, ou música, ele tem que ser o especialista também em Libras”, explicou a secretária de Modalidades Especializadas de Educação do MEC, Ilda Peliz.
Trata-se de um piloto com investimento de R$ 1,8 milhão nas cidades de Abaetetuba (Pará), Salvador (Bahia), São Bernardo do Campo (São Paulo), Aparecida de Goiânia (Goiás) e Araucária (Paraná). Esses municípios apresentam maior número de surdos dentro dos programas de transferência de renda do governo federal.
O Sinais, que reserva 70% das vagas para pessoas com deficiência auditiva, vai atender cem beneficiados por núcleo.
O projeto também conta com parceria com a Secretaria Executiva do Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, da Secretaria da Diversidade Cultural e da Secretaria Nacional de Assistencial Nacional.
O Brasil tem atualmente 10 milhões de surdos. De acordo com a Secretaria Especial do Esporte, ligada ao Ministério da Cidadania, 39% estão no Sudeste, 32% no Nordeste, 15% no Sul, 8% no Norte e 6% no Centro Oeste.
Fonte: MEC.