O Seminário sobre Tuberculose que acontece no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde abre nesta segunda-feira, 20 de março, a semana de atividades pelo Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, que acontece na próxima sexta-feira, 24 de março. O seminário é destinado aos profissionais da atenção primária à saúde de Fortaleza e terá como palestrantes o representante do Ministério da Saúde Stefano Codenotti, a supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEP) da Secretaria da Saúde do Ceará e coordenadora estadual do Programa de Tuberculose, Sheila Santiago, e a coordenadora do Programa de Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Rainne Martins. Durante toda a semana, haverá busca ativa de sintomáticos respiratórios, com palestras sobre tuberculose nas salas de espera das unidades básicas de saúde dos municípios cearenses.
Na terça-feira, 21, as equipes dos programas de tuberculose das secretarias de saúde do Estado e de Fortaleza realizam mobilização e ministram palestra sobre a doença, a partir das 8 horas, no Vapt-Vupt de Antônio Bezerra. No mesmo dia, às 14 horas, Sheila Santiago ministra a webpalestra “Tuberculose, um problema de saúde pública”, dirigida aos profissionais de saúde dos 184 municípios do Estado. Para participar, basta acessar o link http://webconf2.rnp.br/rutehuwcufc. Na sexta-feira, 24, mobilização e palestra ocorrem no Vapt-Vupt de Messejana, a partir das 8 horas. A partir das 9 horas, no auditório do Conselho Estadual de Saúde, acontece a posse dos membros do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose, seguida do seminário “Tuberculose, fazendo a informação circular”.
Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose
Foi lançado em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares (International Union Agaist TB and Lung Disease – IUATLD). A data lembrou os 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por Robert Koch. Em 2017, o Dia Mundial da Tuberculose, sob o tema global de "Unidos para acabar com a tuberculose", é um importante marco no caminho para a Conferência Ministerial Mundial sobre a doença, a ser realizada em Moscou, em novembro deste ano.
Nos últimos anos o Brasil vêm ampliando os esforços para o controle da tuberculose, que continua sendo um importante e grave problema de saúde pública, essencialmente em função do aparecimento da Aids, do aumento do processo migratório e da pobreza. Os índices da doença, que diminuíam gradativamente na década de 1980, voltaram a crescer nos anos 1990, associados ao também risco de aparecimento de bacilos resistentes, exigindo dos governos ação firme e articulada para o seu controle, com a adoção da estratégia de tratamento como forma de aumentar a detecção de casos, de assegurar a cura de todos os doentes, de reduzir o abandono do tratamento e evitar o aumento da chamada resistência medicamentosa, risco que tem aumentado em todo o mundo.
Meta da OMS
A tuberculose é um sério problema da saúde pública no país, com profundas raízes sociais. Em 2016 foram diagnosticados e registrados 66.796 casos novos de tuberculose no Brasil e, ainda, 4.543 óbitos pela doença. No Ceará foram registrados 3.341 casos novos e 151 óbitos. Em maio de 2014, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma estratégia ambiciosa que cobre um período de 20 anos (2016-2035) para acabar com a epidemia global da tuberculose. A estratégia da OMS prevê um mundo sem tuberculose. As metas da estratégia estão definidas e várias medidas a serem adotadas pelos governos são esboçadas para oferecer o cuidado centrado no paciente, implementar políticas e sistemas que permitam a prestação de cuidados e a prevenção da doença. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
FONTE: Governo do Estado