Solução de Governança Inteligente para Sistemas de Saúde é apresentada na Aprece

INOVAÇÃO
10 de dezembro de 2018

O presidente da Aprece, acompanhado de alguns prefeitos e técnicos da entidade, recebeu, na manhã desta segunda-feira (10), parte da equipe responsável pelo desenvolvimento de uma solução de governança para apoio a gestão pública na área da Saúde. Entre os profissionais envolvidos na criação da ferramenta, nomeada de Gissa, o deputado federal e médico Odorico Monteiro, de cujo pós doutorado em Montreal no Canadá a iniciativa é fruto.

O Gissa é um sistema que disponibiliza, para gestores de saúde pública municipal, informações contextualizadas e em tempo responsivo. O objetivo é qualificar e facilitar o processo de tomada de decisão. A solução faz isso por meio da coleta de dados que já estão presentes em bases obrigatórias para todos os municípios. Por meio dela, os gestores municipais poderão acompanhar em tempo real e direto no seu celular os indicadores do município, inteligência epidemiológica, inteligência normativa, inteligência administrativa, inteligência da gestão compartilhada, inteligência da gestão do conhecimento, todo o acompanhamento do equilíbrio orçamentário do município, dentre muitos outros.

A plataforma auxilia na tomada de decisão do gestor ao possibilitar uma visão sistêmica de indicadores, relatórios e alertas contextualizados à linha de cuidados em saúde, explica Lucélia Saraiva, mestre em Saúde Pública, do Instituto Atlântico. A exemplo da Rede Cegonha, são acompanhados pelo Gissa vários eventos, como o pré-natal, parto, puerpério, puericultura, imunização e outros.

Trata-se de um mecanismo em nuvem que conversa automaticamente com os dados dos sistemas de saúde oferecidos pelos municípios, possibilitando cruzamentos de informações e alertas em diferentes níveis, com precisão e instantaneidade. Exemplo: um cidadão comum, via Gissa, pode saber em que locais de uma cidade são fornecidas vacinas para determinadas enfermidades. Já o prefeito da mesma localidade terá acesso ao controle geral de enfermos, índices de possíveis óbitos, ou seja, todo o conjunto de subsídios para uma tomada de decisão da administração pública.

Decisão, aliás, é o que norteia a filosofia da plataforma. “Quando falamos de saúde, tomar uma decisão também depende da pessoa física, já que ela precisa querer saber se apresenta alguma doença. Por isso, dizemos que o sistema atua em todos níveis”, diz Odorico, que também é médico e professor da Universidade Federal do Ceará.

Foi o Instituto Atlântico, especializado em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e com um Prêmio Finep na estante, quem pautou a necessidade de um projeto nesses moldes e liderou a frente que envolveu profissionais de medicina e TIC da UFC e do Instituto Federal do Ceará.

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