Tecnologias e inovações de convívio com a seca são tratadas no Diálogo Municipalista

MEIO AMBIENTE
24 de outubro de 2017

O analista em Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente da Aprece, Nicolas Fabre, participou como palestrante, na tarde desta segunda-feira (23), do Diálogo Municipalista, realizado em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), seguindo até essa terça-feira (24). No painel que abordou tecnologias e inovações de convívio com a seca, Fabre alertou sobre alguns riscos de contaminação da água no abastecimento emergencial feito por carros-pipa e o custo dessas ações. Em contrapartida, o analista apresentou tecnologias que podem ser mais eficazes no atendimento à população. O mais atual envolve uma parceria com Israel na dessalinização da água.

Esse método inicialmente tem um custo mais alto, mas a longo prazo pode viabilizar os custos com carro-pipa. “Tem Município que gasta R$ 80 mil por mês e o investimento nesse tipo de tecnologia custa R$ 250 mil sendo mais efetivo a longo prazo”, explicou. Ele ainda apresentou algumas iniciativas voltadas à compostagem. O diretor do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), Angelo Negreiros, pontuou alguns projetos como a implantação de adutoras e poços.

As orientações sobre a estrutura e o funcionamento do funcionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil nortearam a participação do representante Armin Braun. Ele explicou sobre o Marco Legal da Defesa Civil e como os gestores devem fazer o acesso ao governo federal para prevenção em áreas de risco.

Depois das apresentações dos especialistas, a consultora da CNM, Claudia Lins, também deu alguns exemplos de outras boas práticas adotadas no convívio com a seca. Ela disse que os problemas não serão dirimidos a curto prazo, mas acredita que existem possibilidades de se reinventar com essas ações. “A gente sabe que os senhores estão cansados de conhecer cada vez mais a profundidade desses problemas, mas a gente também precisa passar por outro lado que é fazer com que os senhores percebam as potencialidades de cada Município em fazer algo diferente”, concluiu.