Ação do MDA leva energia renovável a agricultores familiares

DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
22 de fevereiro de 2016

Uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) tem levado energia renovável a agricultores familiares.

A ação foi iniciada na zona rural do município de Quixeré, a 218 quilômetros da capital cearense, Fortaleza, onde funciona a fábrica de polpa de frutas da Comunidade de Barreiras. Lá, toda a energia utilizada na confecção do produto é renovável. A ideia partiu do agricultor Francisco Ednaldo Clementino, no início de 2015, e hoje garante a renda de mais de 50 pessoas.

O agricultor conseguiu o maquinário através do Fundo Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fedaf). Mas, a partir de agora, agricultores familiares e assentados da reforma agrária têm mais uma opção para adquirir equipamentos de geração de energia solar e eólica, por um preço abaixo do praticado no mercado. O Programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), incluiu essas opções em seu catálogo de máquinas disponíveis para financiamento.

A utilização de energia renovável no campo pode ajudar a aumentar a produtividade e também levar mais condições ambientalmente corretas. Esse tipo de energia tem ampla variedade de aplicações no meio rural, como as placas fotovoltaicas – agora disponíveis no catálogo do Mais Alimentos. “Elas são capazes de gerar energia elétrica, por meio da captação da luz solar. Elas têm uma série de componentes usados em sequência. Então, tanto o suporte para fixação dessas placas, quanto cabeamentos, conversores de energia, baterias e uma série de equipamentos que funcionam em conjunto, para um sistema fotovoltaico, estarão passíveis de financiamento pelo Programa Mais Alimentos”, afirma o diretor do Programa Mais Alimentos, Lucas Ramalho.

Ao adquirir os equipamentos, por meio do Programa Mais Alimentos, os agricultores familiares e assentados da reforma agrária financiam materiais com condições de crédito diferenciadas das praticadas no mercado. Além disso, todos os contratos incluirão os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

O investimento nesses equipamentos, segundo Lucas Ramalho, é alto e leva alguns anos para que haja compensação financeira. “Isso leva, dependendo do lugar, de sete a dez anos. Como o Mais Alimentos dá dez anos para o pagamento desses produtos o investimento compensa. O que o agricultor deixar de pagar com fatura de energia elétrica e economizar ele consegue fazer o pagamento do investimento”, explica.

Com informações do MDA.

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