A decisão de incorporar os medicamentos clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona para tratamento do transtorno bipolar, no âmbito do Sistema Único de Saúde foi publicada nesta terça-feira, 10 de março, através da Portaria 3/2015 de Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Até o fim do semestre, os medicamentos devem estar disponíveis. A expectativa é que cerca de 270 mil pessoas sejam beneficiadas com o tratamento este ano, e a previsão é que esse número chegue a 330 mil em 2019.

Os medicamentos incorporados servem para o tratamento dos sintomas associados à doença, caracterizada por alterações de humor – fases de depressão e euforia (mania). Além disso, auxiliam na prevenção dos diferentes estágios dos episódios de mania e depressão, sintomas clássicos da doença.

A doença se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração das fases varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Com o novo protocolo, a atenção dada à doença em todo o país será unificada, para facilitar a identificação por médicos da atenção básica e o encaminhamento desses pacientes para o tratamento adequado, oferecido nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Diretrizes terapêuticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do transtorno bipolar também serão publicadas, através do primeiro Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que servirá como guia para a orientação do diagnostico, tratamento e acompanhamento desses doentes. Segundo estimativas de associações de pacientes, o transtorno pode afetar até dois milhões de brasileiros.