Congresso promulga Emenda Constitucional que proíbe a criação de novos encargos sem previsão de financiamento

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23 de dezembro de 2022

Aprovada em 14 de julho de 2022, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122/2015, transformada em Emenda Constitucional 128/2022 – que proíbe a criação de novos encargos para os Municípios sem previsão de fonte de financiamento – foi promulgada pelo Congresso Nacional na última quinta-feira, 22 de dezembro. O movimento municipalista nacional protagonizou, ao longo de sete anos, o debate sobre o tema e comemora a medida que representa uma das mais importantes e históricas pautas para garantir aos gestores mais segurança fiscal. O movimento reconhece publicamente o esforço dos deputados e dos senadores na aprovação da medida.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, destacou o horizonte que se vislumbra a partir da aprovação EC 128/2022 é corrigir de uma vez por todas a sangria de imposição e transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço público para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sem a previsão de fonte orçamentária e financeira necessária à realização da despesa ou sem a previsão da correspondente transferência de recursos financeiros necessários ao seu custeio.

“A situação financeira dos Entes locais é diretamente afetada pelo descontrole de aumento de encargos sem a devida contrapartida. A exemplo da criação desenfreada de pisos salariais, sem o repasse de recursos suficientes para o custeio geram um histórico de penalizações e responsabilizações às comunidades e aos seus gestores”, explicou o presidente da CNM.

Durante a sessão solene, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reconheceu o trabalho da CNM e do movimento municipalista pelo avanço e aprovação da matéria. “Destaco para a promulgação e até antes da aprovação dessa Emenda à Constituição o trabalho da Confederação Nacional de Municípios e da Associação Mineira de Municípios ambas ao longo do tempo se empenharam muito para que este comando constitucional fosse inserido e previsto na Constituição Federal”, disse o parlamentar.

Fonte: Agência CNM de Notícias

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