O auditório do Centro de Educação à Distância do Ceará, no município de Sobral, sediou, na última quarta-feira (4), mais uma audiência pública da Frente Parlamentar de Combate ao Aedes Aegypti, contando com a articulação e organização da Aprece. O objetivo do evento foi reunir municípios da região Norte do Estado para buscar soluções para o problema da alta infestação do mosquito transmissor de doenças sérias como Dengue, Zika e Chikungunya.
Além das centenas de pessoas que lotaram o auditório que acolheu a audiência, representando diversos municípios da região, participaram do encontro o presidente da Frente Parlamentar, deputado Carlos Matos; a assessora técnica Ricristhi Gonçalves, da Secretaria da Saúde do Estado; o promotor de Justiça Enéas Romero, coordenador auxiliar do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Ministério Público do Ceará; e a secretária de saúde de Mucambo, Letícia Santos, representando o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems).
Na oportunidade, o deputado Carlos Matos afirmou que a a Frente atua em quatro eixos de trabalho: mobilização da sociedade; desenvolvimento de estratégias de comunicação; avaliação de políticas públicas e criação de um sistema integrado de combate ao Aedes aegypti. “Se isso não for feito, vamos ter uma situação gravíssima nos municípios. Foi noticiado que dos 119 bairros de Fortaleza, 115 foram notificados com Chikungunya. É um problema grave e muitas pessoas não estão ainda atentando para isso. A população não está sabendo tudo que pode acontecer”, salientou.
O vice-prefeito de Sobral, Carlos Hilton, afirmou que a cidade resistiu por anos à penetração do mosquito Aedes aegypti, por conta de um movimento de mobilização social realizado após a morte de oito sobralenses por dengue, em 2007. “Foi uma tragédia para nossa população. Envolvemos todas as camadas da sociedade, e em 2008 conseguimos erradicar a presença do mosquito em nosso município”, lembrou.
De acordo com o vice-prefeito, Sobral veio sofrer novo surto de dengue no início deste ano, em especial na zona rural, devido à capacidade de migração do Aedes aegypti. “O mosquito tem voo curto e se aproveita de veículos para migrar para outras cidades, buscando espaços para sua perpetuação”, explicou Carlos Hilton. Para ele, o município deve estar preparado para dar assistência às vítimas de doenças causadas pelo Aedes.
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