Gestores conhecem ferramentas de combate ao Aedes em reunião na Aprece

TECNOLOGIA
24 de abril de 2017

Dezenas de municípios cearenses foram representados, na manhã dessa segunda-feira (24), por seus prefeitos e secretários de saúde em reunião realizada no auditório José Amorim Sobreira, na sede da Aprece. O encontro foi idealizado em parceria com universidades e órgãos que pensam e atuam no Estado em favor do combate ao mosquito Aedes Aegypti – transmissor de doenças como Dengue, Zika e a Chikungunya que tem sido alvo de grande preocupação, tanto por sua gravidade quanto por seu recente alastramento no Ceará.

Na oportunidade, foram apresentadas ferramentas de combate ao Aedes, no intuito de fomentar nos municípios cearenses não só a utilização das mesmas, mas principalmente o comprometimento em intensificar a luta contra esse grave problema de saúde, que atinge homens, mulheres, crianças, idosos – sem qualquer tipo de distinção e com efeitos muito sérios. O evento, que contou com a participação do Secretário de Saúde do Estado, Henrique Javi, foi aberto pelo vice presidente da Aprece, Nilson Diniz, que é prefeito de Cedro. De acordo com ele, a maior aproximação das instituições públicas da comunidade acadêmica é fundamental para encontrar alternativas capazes de solucionar os problemas vivenciados pela população de forma mais eficiente e viável.

A primeira ferramenta apresentada durante a reunião foi o aplicativo “Agente Cidadão”, desenvolvido pelo Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação (NATI) da Universidade de Fortaleza (Unifor). A iniciativa tem como foco a mobilização social contínua para o combate ao Aedes Aegypti. O professor José Eurico de Vasconcelos, coordenador do NATI e do projeto Agente Cidadão, explicou que o aplicativo tem funções que incluem inspeções semanais por meio de instruções para uma faxina personalizada, gamificação (uso de jogos para engajar pessoas, melhorar o aprendizado e motivar comportamentos), uso de redes sociais e dados geográficos informando sobre o risco de endemia na sua região, postos de saúde na localidade e se as condições climáticas favorecem focos do mosquito.

O “Agente Cidadão” também possibilita acessar informações sobre o Aedes Aegypti e as doenças transmitidas por ele. Por enquanto, a versão da ferramenta só está disponível para sistema Android, devendo estar acessível também em IOS dentro de dois meses. O público-alvo do aplicativo inclui cidadãos alfabetizados, semialfabetizados e agentes de saúde. Esses profissionais teriam como objetivo promover o uso do aplicativo para a disseminação de informações e obtenção de dados fornecidos pelos usuários com base na localização geográfica. “Por meio dele, e a custo zero, as prefeituras poderão ter acesso a um universo incrível de informações personalizadas sobre a população do município”, disse, reforçando a importância do agente de saúde ser um propagador da ferramenta junto às comunidades.  

Em seguida, aconteceu a apresentação do Programa Aedes em Foco, desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), feita pelo Dr. Ivo Castelo Branco, Coordenador de Medicina Tropical da UFC; e pelo Professor Henrique Pequeno, Coordenador do Laboratório de Mídias Educacionais e os Cursos à distância da UFC. O Programa reúne um aplicativo, que permite ampliar, por meio da participação da população, os dados de georreferenciamento sobre os focos do mosquito, uma revistinha educativa, um jogo eletrônico e um curso de formação em ensino a distância. Caberá à UFC também analisar os dados que serão gerados pela ferramenta.

O aplicativo, gratuito e já disponível para download nos sistemas Android e IOS, segue a filosofia do engajamento, da criação de “brigadas” – em condomínios, fábricas, escolas, universidades –, em que a população possui papel crucial. Os usuários podem, por exemplo, mapear possíveis focos em sua residência ou vizinhança e receber informações sobre como proceder ao longo do ciclo de vida do mosquito. O aplicativo também permite a comunicação automática com o poder público, que poderá tomar providências de forma mais ágil. A ferramenta, além das brigadas, disponibiliza notícias, denúncia, perfil, postagem atendimento e mapa de ocorrências.

Durante a reunião, a Coordenadora de Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado, Daniele Queiroz, falou sobre o “Cenário Éntomo-Epidemiológico das Arboviroses no Ceará”, apresentando dados e números sobre o crescimento da incidência de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti no Estado, notadamente a Chicungunya, cujo crescimento nas primeiras 16 semanas de 2017 superou em 568,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, foi apresentado, pelo Dr. Breitner Gomes Chaves, o aplicativo “Alô SUS”. A ferramenta de uso móvel possui como proposta dar apoio aos quatro eixos mais desafiadores do Sistema Único de Saúde (SUS): a acessibilidade, a avaliação dos serviços de saúde, o monitoramento de doenças crônicas e a comunicação.

PGAAS

Encerrando o evento, o Secretário de Saúde do Estado,  Henrique Javi, aproveitou a presença dos prefeitos e secretários de saúde para falar sobre a Programação Geral de Ação e Serviço de Saúde (PGASS), processo de negociação e pactuação que acontecerá nas quatro Macrorregiões do Ceará, entre os dias 8 e 11 de maio, quando serão definidos os quantitativos físicos e financeiros das ações e serviços de Saúde da Média e Alta Complexidade (MAC) a serem desenvolvidos nos municípios cearenses.

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Veja abaixo as apresentações:

AlôSUS

Apresentação UFC

Apresentação UNIFOR

Apresentação PGASS

Apresentação Comitê

Apresentação Arboviroses

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